Em "Ou Quixote" os actores lêem, relêem, treslêem, rasuram, regurgitam, reescrevem, remontam, travestem, ocupam o romance de Cervantes. Cruzam o Quixote barroco com outros pós-qualquer-coisa coevos, os que ainda há, excessivos, discretos, andantes sempre, em movimento-guerrilha, falantes, volitivos. O espectáculo cose, numa performance-palimpsesto diversas apropriações simbólicas a que o cavaleiro andante se achega. Um Quixote-messias-pessoal-sábio-louco-burgesso. Espectáculo sobre-informativo, fala-barato, errado. Tudo menos o Quixote. Ou Quixote. Ou Sancho.
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