A planta do Mosteiro é composta por uma única nave, com cabeceira abobadada, organizada em dois tramos, sendo o primeiro mais largo e mais alto. Esta é uma característica muito particular do Românico do Alto Minho.
A nave, cuja altura do seu corpo está impregnada de espacialidade protogótica, está coberta a madeira e a cabeceira, internamente, apresenta-se poligonal, enquanto no exterior é semicircular. A sua invulgar altura provocou a colocação de contrafortes no exterior e colunas adossadas no interior.
A capela-mor, relativamente alta, é composta por dois níveis, um primeiro de arcadas-cegas, duas das quais em mitra, e um segundo com alçado em arcadas que alternam com frestas.
Invulgar no estilo Românico português é a existência de um arco toral na cabeceira apoiado em pilastras salientes adornadas por escócias.
O portal da fachada principal está inserido em corpo pentagonal, enquanto o portal ocidental, amplo e muito bem desenhado, revela quatro colunas de cada lado, duas delas prismáticas.
A decoração é executada por intermédio de um recorte torneado no extradorso das arcadas, acentuado por um largo furo. Estas soluções decorativas assemelham-se a padrões encontrados em San Martín de Salamanca ou em Sevilha, em Espanha.
Os capitéis dos portais laterais são de grande qualidade, uns apresentando laçarias e animais, outros em decoração vegetalista. As fachadas laterais foram rematadas por uma cornija formada por pequenos arcos assentes em mísulas.
Em frente ao portal principal conservam-se as ruínas de uma anteigreja ou galilé de função funerária, de cujos túmulos restam duas peças funerárias: um sarcófago trapezoidal e a tampa de sepultura com uma estátua jacente de João Vasques da Granja.
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