Quem fica doente torna-se imigrante na própria vida, na família, no trabalho, porque põe o pé num pais estrangeiro. Os problemas postos pela sua nova condição provocam o isolamento do corpo, a estranheza da linguagem, e a questão da estigmatização.
Traduzir não será tarefa apenas do conteúdo (o que tenho?), mas da discrepância entre linguagem científica e linguagem comum, das diferenças entre as diferentes camadas da língua e das singularidades que se prendem com o seu contexto biográfico e social e da ressonância que sente em relação ás palavras e acontecimentos da consulta.