Overview

Festival A Salto
Tomada Artística da Cidade de Elvas
29, 30 e 31 de Julho

Tags

  • Arts Entertainment
  • Festival
  • Arts & Entertainment

Description

A SALTO - FESTIVAL DE ARTES PERFORMATIVAS NA CIDADE

É uma celebração, em conjunto com o público de Elvas, da visão contemporânea do campo ampliado das artes. Através duma programação cuidada e festiva, de expressões artísticas plásticas e performativas que explorem/estudem intencionalmente as próprias fronteiras da arte-central da que partem, pretendemos inaugurar a tradição dum festival de verão que dialogue com a cidade, o seu património material e intangível, e com as pessoas.

A tomada artística da cidade de Elvas ocupará uma série de espaços não convencionais que, de alguma forma, estão subaproveitados ou esquecidos (igrejas, armazéns, casas, oficinas, cafés). Assim, levantar-se-ão questões/problemas, relacionadas com a definição estável da arte, promovendo convívios coletivos, entre população e artistas, como atos que ampliem/expandam a consciência da realidade capturada pelos sentidos.

| performance | instalação | teatro | literatura | | música | cinema | belas artes | artes multimédia | dança | arquitetura | ilustração | workshops | conversas |

UMCOLETIVO (www.umcoletivo.pt) é uma Associação Cultural que tem como atividade a cooperação artística, nas cidades e fora delas, para a construção de um património artístico que valorize culturas e tradições; e que possa, também, rompê-las, sonhá-las de novo, reorganizando o conhecimento e conciliando os indivíduos com o passado e os futuros. O trabalho criativo de receção, interpretação e recomposição que nos cabe, no devir da prática artística, é feito numa arte em comunhão com o espetador, formando em conjunto com o público uma troca de saberes e afetos, da qual a estética é uma consequência. Entendemos esta construção coletiva como um instrumento essencial no combate à desigualdade de liberdade que gera a inconsciência e a falta de confiança no mundo de que fazemos parte.

A finais de 2015 decidimos focar-nos na cidade de Elvas como forma de apoiar a descentralização da cultura contemporânea concentrada nas grandes urbes, e como oportunidade para o nosso próprio desenvolvimento artístico sustentável.

Elvas não é somente uma cidade no Alentejo, mas sim uma cidade do mundo, um Património da Humanidade, uma eurocidade. A sua posição fronteiriça privilegiada é sinónimo da sua polivalência e capacidade de abraçar a Europa, com legitimidade e requisitos para reconhecer e perfilhar o mundo global. No nosso pensar, Elvas não pode ser periférica, nem reclamar centralidade pois já é em si um núcleo global.

A partir da cultura e da experiência artística coletiva, o nosso projeto quer promover uma sociedade mais justa, mais equitativa, mais democrática e sobretudo mais inclusiva, tanto no aspeto humano como a nível global.
Com a assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Elvas e o Ayuntamiento de Badajoz, no dia 16 de Setem¬bro de 2013, consolidou-se a eurocidade com o maior aglomerado populacional do interior de Portugal e da comunidade autónoma da Extremadura (mais de 200.000 habitantes), dando início a uma linha de estratégia de desenvolvimento comum.

Este acordo continua a recente linha favorável iniciada em 2012 quando foi atribuída a Elvas a incontornável relevância da classificação de Património Mundial da Humani¬dade pela UNESCO. Nesta classificação está todo o centro histórico da cidade, as muralhas abaluartadas do séc. XVII, o Forte de Santa Luzia, o Forte da Graça, o Aqueduto da Amoreira e os três fortins de São Pedro, de São Mamede e de São Domingos.

O Presidente da Câmara de Elvas, Dr. Nuno Mocinha, assegu¬ra a aposta em Elvas como “a porta da Europa” que pode e deve proporcionar uma oferta cultural mais abrangente e diversificada.

A 29, 30 e 31 de julho, a Rainha da Fronteira será chão e teto de mais de quinze aventuras artísticas transdisciplinares. São cerca de trinta os artistas que partilham com a população os seus projetos artísticos, nalguns casos convidando-a a fazer parte de workshops cujos resultados farão também parte da curadoria do evento. E, em todos os casos, integrando as dinâmicas familiares dos moradores, nas suas próprias casas, fazendo novas conversas e passando a salto para novos temas.

A salto foi que os contrabandistas de fronteira conheceram o mundo lá fora, e da mesma forma propomos uma releitura da tradição e do património como um salto coletivo através da visão nova e refrescante das artes contemporâneas. Um salto partilhado com os comerciantes que abrirão as portas das suas lojas, com os moradores que receberão artistas nas suas casas, com o património que surpreenderá os artistas, e com os voluntários por cuja mão veremos o Festival acontecer.

Um convite aberto e generoso, de portas abertas para todo Portugal, Espanha e público além-fronteiras. Sejam bem-vindos à festa.

Location

Rate & Write Reviews